blog [FRACTOSCÓPIO] Rosy Feros

22 de outubro de 2002

A Telemática num conceito muito mais amplo



Há um outro artigo mais antigo também interessante, relacionado ao tema, que vale a pena ler: Telematics' Transforming the Automobile.

O texto, apesar de ser um pouco antigo (!), fala que aquelas "promessas de futuro", de que as pessoas poderão checar seus e-mails, ouvir suas estações de rádio preferidas e fazer compras, tudo isto e mais enquanto dirigem seus automóveis, de fato são resultado da convergência entre as tecnologias sem fio, sistemas GPS (Global Positioning Systems) e sistemas eletrônicos onboard.

O interessante é que a Telemática é tratada de forma bastante ampla, muito além dos suportes físicos que juntam as tecnologias informáticas com as telecomunicações. Telemática, aqui (e agora), é vista como provedora de "smart info" - informação inteligente, de fácil acesso e feita sob medida para as pessoas, não importam onde estejam ou o que estão fazendo.

Em suma, um conceito que amplia a própria idéia de conectividade, caminhando para o conceito de "conexão de saberes" e transformando a antiga visão do futuro: comunhão de pessoas, construção de comunidades.

FONTE: The Feature - It's all about the mobile internet, by Nokia

Agora é que a Telemática vai começar



Para quem pensa que Telemática é coisa do passado, papo de europeu, e também para quem nunca ouviu, não se lembra ou não está acostumado a ouvir o termo "Telemática", eis um artigo interessantíssimo (em inglês), que demonstra que a indústria da Telemática (ainda) está apenas começando:

"Bluetooth Makes Telematics a Reality:
Telematics are taking off, driven by a technology you might not have expected".


O autor, Niall McKay, é escritor e jornalista de rádio, mora em San Francisco e colabora para vários periódicos impressos e eletrônicos sobre política, cultura e negócios na rede.

FONTE: The Feature - It's all about the mobile internet

Nossa era da Hiperinformação



Li um artigo interessante no JobUniverse sobre a nossa era de Hiperinformação, por Sálvio Padlipskas, aluno de mestrado do IPT/USP e Professor Titular da Fiap.

Apesar do artigo não apresentar, na minha opinião, informações novas, destaco do texto a idéia (vital e necessária), deixada pelo autor, de associarmos hiperinformação & humildade. Pois há que se ter humildade para se aprender coisas novas, deixando de lado saberes antigos que não nos servem mais. Há que se ter humildade para se re-aprender e assumir, cotidianamente, a velha máxima: "Só sei que nada sei".

Isto, sim, é interessante. Pois vai contra a idéia do mero acúmulo de idéias, apenas pelo prazer de satisfação anal-freudiana de acumular e reter informações. Vai contra a idéia do status de poder derivado do acúmulo de informações, do nariz arrebitado dizendo "eu sei mais".

Vai contra a idéia de que saberes são construídos de forma cumulativa, como os blocos que caem uns sobre os outros no famoso jogo Tetris... Na verdade, saberes não se acumulam, pois não são (ainda que às vezes pareçam) absorvidos de forma linear. Eles são associativos, intercoordenam-se, há um partilhamento contínuo e permanente de dados entre nossos neurônios para que o conhecimento, lato sensu, possa se desenvolver.





E, como toda coisa natural, os saberes (ou o grande complexo ao qual abstratamente denominamos conhecimento) desenvolvem-se, humilde e caoticamente.

NOTA: Se você quiser conhecer a história do mundialmente famoso jogo Tetris, visite The Tetris Saga e The Tetris Taxonomy (neste site você poderá, inclusive, refletir sobre os fundamentos espirituais do Tetris e a predestinação dos blocos).

20 de outubro de 2002

Pixels



De: Rosy Feros
Para: S@turnino
Assunto: Pixels
Data: 7 de janeiro de 1998 20:40


janelas que se abrem
para uma explosão de sentidos
janelas líquidas que vertem
água de pixels pelo vídeo


meus olhos se vestem de pixels
neste mar de dados
e atravessam tua solidão
desfazendo os cordões e nós
de tua civil ilusão


[ ]s telemáticos,
ROSY



Engatinhando... [2]



De: Rosy Feros
Para: S@turnino
Assunto: Re: Engatinhando...
Data: 6 de janeiro de 1998 17:56


Meu caro,

Ainda estou em desacordo contigo: não há só nerds/hackers e outros que tais na rede... Pessoas com mais de 40 anos, com as quais tenho falado ultimamente, têm me ensinado muito acerca do espírito da rede...
Existem diversos ritmos, impressões, humores!


Se bem que ainda estejas também em desacordo comigo,

besos telemáticos,
ROSY




Engatinhando... [1]



De: Rosy Feros
Para: S@turnino
Assunto: Re: Engatinhando...
Data: 6 de janeiro de 1998 06:03


Caro hermano,

Volto a insistir: você ainda não respondeu meus e-mails...
Mas penso que agora você está entrando (um pouquinho!) no espírito da rede...
Não somos todos, ao menos de forma latente, transnacionais?
"la red no tiene fronteras... la red no tiene barreras..."
Somos todos espíritos das ruas!
Nossos carros são as telecomunicações...
Nossa comunicação telemática determina o fluxo do tempo.
Na rede, temos outra postura diante dos outros seres imaginários/idealizados/cristalizados/projetados no outro lado do vídeo...
E neste processo de identificação/projeção, que também é uma transmutação, somos a todo momento plasmados em uma forma diferente...
Nossa moléculas se põem a transformar, a mutarem...
Pois é evidente que a mente psicológica imprime novos ritmos ao corpo, que não é todavia estático!


Apenas digressões telemáticas... ;-)

besos,
ROSY


19 de outubro de 2002

Cartas a um amigo



Remexendo em meus baús, encontrei uma série de e-mails trocados com um amigo, que me chamaram muito a atenção.

Primeiro, pelo fato delas terem sido trocadas em 1998, época em que todos éramos "novatos" ainda em internet. Segundo, porque minhas opiniões sobre a rede não mudaram quase nada de lá pra cá - o que eu achei bem curioso, já que naquela época eu me baseava nas experiências com o videotexto e não tinha muita vivência de internet.

Identifiquei, em nossas cartas, algo de muito atual: meu correspondente, também "usuário novato", como eu, falava coisas e reagia de uma forma que ainda hoje é comum, até mesmo em usuários ditos "avançados" da rede. Ele, como muitos que conheço hoje, tinha uma postura ressabiada com a web, altamente crítica e até conservadora, apesar de deixar transparecer o contrário.

Desta forma, resolvi publicar aqui pequenos excertos de nossos inúmeros e-mails trocados. Acho que muitos poderão se identificar com as opiniões de meu amigo, e também conhecer minhas opiniões sobre navegações telemáticas e a própria internet, comparando-as com minhas idéias atuais.


12 de outubro de 2002

Pensamento do Dia: A Quarta Via



"O mundo está em silêncio há dez anos, não porque o sofrimento e o desespero não sejam audíveis, mas porque as vítimas não dispõem de nenhuma língua e nenhuma organização para se transformarem em atores de sua própria libertação. A culpa é, em parte, dos que ainda falam uma língua que mais ninguém entende, quer sejam políticos, sindicalistas ou intelectuais, e, de outra parte, dos que despejam sobre nós o otimismo estúpido da publicidade."

Alain Touraine, sociólogo, diretor da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, Paris, em "A volta da esperança"

[Folha de SP, 4/10/02)

Computadores públicos com internet para população de baixa renda



O governo começa em novembro a instalar os primeiros computadores públicos de acesso à internet que ficarão em locais de grande circulação, como rodoviárias, prefeituras e centros comerciais. A iniciativa faz parte do Governo Eletrônico – Atendimento ao Cidadão (Gesac), em parceria com a Gilat do Brasil, vencedora da licitação.




O GESAC é um programa do governo federal para a universalização do acesso à internet, principalmente para as populações de baixa renda, com navegação restrita aos sites e serviços governamentais.

Segundo o Ministro das Comunicações Juarez Quadros, "serão instalados, até abril do próximo ano, 3.500 computadores em 2.734 localidades com mais de 10 mil habitantes. Caberá à empresa a tarefa de montar a infra-estrutura para o serviço e cuidar da manutenção. Os primeiros terminais deverão ser instalados em Belo Horizonte, Minas Gerais."

Esta é ver para crer, e esperar que seja um dos primeiros passos para a tão falada "inclusão digital".




Esta notícia recebi do Boletim MeritWeb nº133.


Banco de Vozes Brasileiras



Eis um site bastante útil e curioso, que traz links para seleção de locutores, atores, cantores, dubladores e, uma boa notícia, para novos talentos da voz. Também trata de outras informações ligadas à voz, como fonoaudiologia, e informações sobre cursos de canto e locução.

Não bastasse ser um bom site de serviços, traz também gravações sonoras em MP3 de caráter histórico, capazes de encantar qualquer um. Por exemplo:

- o primeiro registro da voz humana feito por Thomas Edison,
- o compositor Ari Barroso narrando um gol em seu estilo característico,
- Claudinho Branco e Durval de Souza, vozes familiares da publicidade brasileira,
- Nelson Rodrigues, falando uma de suas mais famosas frases,
dentre muitas outras gravações curiosas.
Dá vontade de gravar todas! :-)

[FONTE: MeritWeb nº133]


Atividades ligadas à propriedade intelectual transformam a economia



Conforme notícia do boletim ComCiência - Revista Eletrônica de Jornalismo Científico,

As atividades econômicas vinculadas ao direito de autor nos países do Mercosul e Chile foram responsáveis, em 1998, por 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto) e pela ocupação de 3,8% dos trabalhadores dessa região. Esses dados, que estão no livro Estudio sobre la importancia económica de las industrias y actividades protegidas per el derecho de autor y los derechos conexos en los países de Mercorsur y Chile, disponível no site da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO, em inglês) confirmam a importância dessas atividades na economia desses países, principalmente do Brasil.

Mas, afinal, quais são as atividades relacionadas com a propriedade intelectual, ou direito de autor?

Segundo a pesquisa, dividem-se em quatro grupos:

1) Principal, englobando as atividades que criam produtos e trabalhos primariamente protegidos por direito de ator. Entre eles estão publicação de jornais, revistas e livros, publicidade, discos, atividades de rádio e televisão, peças de teatro, programas de computação e processamento de dados;

2) Parcialmente cobertas por direito de autor, que inclui atividades como fabricação, formas de negociação, arquitetura e desenho;

3) Distribuição, abarcando o transporte de mercadorias e locais de comercialização (tais como livrarias e lojas de discos);

4)Relacionadas ao direito de autor, que compreende a produção e a assistência técnica de equipamentos que utilizam exclusivamente material com direito de autor, tais como, computador e aparelhos de televisão, rádio e gravação.

Disto tudo podemos depreender quais as áreas profissionais de maior concentração de interesse (e investimentos) nos próximos anos. É ver (ou investir) para crer.

Quer saber mais? Aqui.

[FONTE: Boletim ComCiência, Semana de 11 a 18 de outubro/2002]


11 de outubro de 2002

Recebi um selinho! :-)



Este Blog TDD ganhou do Daniel o selo "Blogs show e que são demais" - muito legal! :-)

Se vocês quiserem conferir in loco, é só visitar o Blog do Daniel. E aí vocês também vão conhecer outros blogs muito legais e interessantes, numa seção sempre atualizada.

9 de outubro de 2002

Os anúncios nossos de cada dia



Para quem ainda pensa que Publicidade e Poesia não se misturam... um pouco de Cassiano Ricardo.

Os anúncios "nossos" de cada dia
[Cassiano Ricardo]

O transeunte.

foi feito para ver

(e se convencer)

Mas quem vê a face

Do anúncio

Não lhe vê a outra face

da lua

O sol de metal que está

Atrás do anúncio.

[In Jeremias Sem-Chorar]


As origens da escrita



Descobri um site americano bastante interessante, da Universidade de Utah: "The origins of writing" (As origens da escrita). Como o próprio título indica, conta as origens da escrita em vários capítulos-livros: os alfabetos inventados, a estética dos hieróglifos, a escrita gaulesa, a caligrafia chinesa, a escrita européia, dentre outros.

Há, inclusive, informações sobre o calendário maia e a evolução da cultura oral (dos "story-tellers") para a cultura escrita através dos contos de fada, dando o exemplo um dos mais famosos contos trans-nacionais: "Cinderela".

Na seção "Writing Mediums" (Meios ou suportes de escrita), você conhecerá com detalhes a evolução dos suportes desenvolvidos pelo homem para seus registros culturais, indo da escrita cuneiforme à imprensa de Gutemberg, passando pelo papiro, pergaminho e outros.

O mais interessante é que, ao se falar das origens da escrita, acaba-se fazendo uma narração histórica - uma vez que a História, conceitualmente falando, inicia-se com o surgimento da escrita.

Como diria o "Humanista da Era da comunicação" Marshall McLuhan, realmente "o meio é a mensagem": os suportes da comunicação humana dizem tudo. Ou quase tudo.

8 de outubro de 2002

Um corpo em busca de uma alma



"Ainda não há sociedade civil mundial, e a consciência de que somos cidadãos da Terra Pátria é dispensar, embrionária. Em suma, temos infra-estruturas e não superestruturas, temos o hardware e não o software."

Edgar Morin, pensador, em "Sociedade-mundo ou império-mundo?" (In Revista Política Exterior, junho-julho-agosto de 2002, Editora Paz e Terra/USPe IEEI, p. 81)

Acho que este pensamento de Morin vem muito bem a calhar, depois da leitura do artigo sobre nossos labirintos informático-kafkianos.

Os labirintos kafkianos da vida contemporânea



"Na vida contemporânea, o alicerce operacional vai sendo gradativamente assentado sobre computadores e programas, que formam um universo informacional, que interage com todos, indistintamente. Esse mundo de informações constitui um terreno fértil para o renascimento de labirintos, que Kafka tanto explorou em sua literatura."

Este é um trecho de um interessante artigo que li hoje no JC-Email, escrito por Virgílio Almeida e com o interessante título "Os Labirintos Kafkianos da Vida Contemporânea".

O autor diz que a antiga burocracia dos "corredores de papéis" tem sido substituída pela tecnologia não-humana dos computadores, tão complexa e labiríntica quanto a outra velha e conhecida burocracia. Na verdade, os labirintos burocráticos promovidos pelas novas tecnologias informáticas seriam responsáveis por "crimes" e "vítimas" tão aleatórios e absurdos quanto o crime descrito no livro "O processo", de Franz Kafka.

Acho válida e interessante a metáfora utilizada por V. Almeida. Mas não podemos nos esquecer que os computadores, embora alimentados por softwares de programação numérica, são, bem ou mal, dirigidos pela mente humana. Foi o homem que criou o computador à sua imagem e semelhança; portanto, parece absurdo pensarmos num controle dos computadores sobre os homens, à revelia destes.

Se há um descaso para com a qualidade e a forma de organização da informática, a responsabilidade é humana. Se há um labirinto burocrático nos corredores de informação informática, é porque os homens ainda estão repetindo os mesmos erros burocráticos de antes. A novidade, aqui, seriam apenas os novos suportes tecnológicos de armazenamento da informação, em contraposição (?) aos papéis - embora o número de documentos impressos tenham se multiplicado terrivelmente com o advento do computador e das impressoras. Isto, para mim, nada mais é que uma prova contundente e irônica de que ainda não sabemos o que fazer com tanta tecnologia criada nem com tanta informação.

Na verdade, acho que ainda é muito cedo para dizer que o "labirinto informático" é uma característica emblemática de nossa era tecnológica. Ainda estamos engatinhando em termos de Teoria da Informação e quanto à gestão de documentos eletrônicos, tentando criar (recriar?) uma lógica que de fato organize e administre nossos complexos sistemas de informação.

A nova burocracia tecnológica, a meu ver, surge em decorrência disto, pois como humanos ainda não soubemos superar os erros do passado e nos adaptar às novas formas de pensamento contemporâneas.

Enquanto vivemos este crudelíssimo período de transição entre a era analógica e a era digital, ainda temos muito que questionar, rever, re-organizar, aprender... Talvez, até, re-aprender como éramos antes da instauração da burocracia dos papéis.

FONTE: JC e-mail 2134

7 de outubro de 2002

E por falar em eleições...



... lembro deste poema de Martins Fontes, santista como eu:

O povo
[Martins Fontes]

O povo és tu, sou eu: nós somos povo.
E bendigamos a perfeita graça
de pertencer à multidão, à massa,
diante da qual me inclino e me comovo.

Dela é que há de surgir o mundo novo.
E partícula pessa populaça,
sinto que a persistência me espedaça,
mas do posto em que estou não me demovo.

Esqueço a Torre de Marfim da lenda.
E, a clarinar, me envolvo na contenda,
ressangrando as pedradas e os apodos.

Nada de caridade ou de piedade,
mas de união ou solidariedade,
sendo todos por um, sendo um por todos.


Brasil, eleições de outubro, 2002



Este ano a poluição visual das cidades com a propaganda política atingiu proporções vergonhosas. Mas graças a este desperdício, desmando e desrespeito generalizado um material como o plástico polipropileno de baixa densidade, usado na maioria das faixas e cartazes, impermeável e com múltiplas aplicações, é agora abundante e onipresente nos postes, praças, ruas e avenidas do país.

Vamos pois nos apropriar e coletar este material, reciclar e reaproveitar o que for possível mostrando àqueles que ofendem nossa inteligência e cidadania como fazer uma ação política e um uso da mídia verdadeirmente sincronizado com nossa realidade.

Como vamos começar?

Assim que o TRE encerrar a votação oficial, sairemos sozinhos ou reunidos com os amigos para retirar e recolher cartazes e faixas das ruas de nossos bairros. Vamos levar para nossas casas, quartos ou garagens para costurar, limpar, pintar e remendar todo esse plástico que vai formar, em um mutirão, metros e metros quadrados de matéria prima e suporte para instalações de arquitetura
nômade, arte urbana e land art.

Receita Ipsi litteris da fonte Recicle 1 Político

4 de outubro de 2002

O caminho se faz ao andar



Proverbios y Cantares, n. XXIX
[Antonio Machado]

Caminante, son tus huellas
el camino, y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante, no hay camino,
sino estelas en la mar.

Ouça este poema de Antonio Machado, em português, sonorizado por José Manuel Gouveia para o programa "À Esquina do Mundo - As palavras dos poetas", da Radiodifusão Portuguesa.

Observando a Lua



Além da Terra, você também pode observar a Lua: seja a partir da Terra, do Sol, ver seu lado oculto/negro e várias formações da superfície lunar.

Ainda você pode ver um mapa mostrando a Lua de dia ou de noite, no seu Perigeu ou Apogeu - a inconstância da Lua.

Imagens imperdíveis!





Observando a Terra



Você quer ver mapas da Terra mostrando regiões de dia ou de noite agora, neste momento?

Você pode escolher ver a Terra a partir do Sol, da Lua, pode ver o lado noturno da Terra, fazer zoom em qualquer região do mapa que escolher e ainda especificar latitude, longitude e altitude.

Você ainda pode escolher vê-la a partir de um satélite em órbita ou então ter, como ponto de vista, várias cidades do globo.

É realmente uma experiência fascinante, que vale a pena experimentar - e salvar algumas imagens, é claro! ;-) A dica foi do meu amigo Paulo Piá, que sempre arranja sites interessantes para divulgar entre os amigos.





Mar sem fim



Para quem quer navegar, a mira é o mar. Não a terra.

Querer encontrar a todo custo terra à vista
é o objetivo de quem não quer navegar.

Quem quer pisar a segurança da terra
não sai pelo mar a navegar.

Aos caminhantes foram feitos os caminhos.
Aos navegadores, foi feito o mar.

Os caminhos da rede não foram feitos para bloquear.




[Amyr navegando entre os gelos da Georgia do Sul

Expedição Antarctica 360º]


Disse Amyr Klink:
"O medo de quem navega é a terra."



1 de outubro de 2002

Quer ter um blog? Garanta primeiro a segurança



Este artigo sobre a segurança aplicada aos blogs é bastante interessante. Se lembrarmos a devassa que alguns hackers fizeram no final do ano passado no site do provedor Blogger, mudando todas as senhas para uma única e deixando uma grande leva de blogueiros na mão, do lado de fora de suas próprias casas virtuais, faz-se necessário levar a sério a questão da segurança também nos blogs.

O artigo, em português, pode ser conferido no site da Módulo Security.

[FONTE: Módulo Security Magazine

Comunidades Virtuais



Comunidades virtuais são pontos de partida. Não pontos de chegada.

São pontos num espaço-tempo determinado, bancos de praça para encontrar amigos, conversar fiado, discutir o futuro do mundo, rever antigos colegas, conhecer novos vizinhos.

Comunidades são pequenos nós da grande trama da geopolítica do ciberespaço. São caminhos abertos por excelência, não foram feitos para serem fechados.

Diferentemente das comunidades, os Portais virtuais são encruzilhadas, pontos de encontro. Ilhas de conveniência para quem está em alto-mar; pontos de lazer & entretenimento que se pretendem úteis e atraentes para quem está desfrutando das ondas do mar. Chegam a entregar drinks na bandeja, com pratos a la carte, se o cliente assim o desejar. Tudo para que o usuário-cliente esqueça seu próprio barco e se entregue aos prazeres da "ilha de conveniência".

Querer transformar um Portal em ponto só de chegada é barrar saídas, fazer barricadas em aquedutos de dados. As information superhighways podem ser tudo, menos vias de uma mão só.

Fazer isto é quebrar um dos princípios básicos da rede: a interatividade de mãos múltiplas.

Querer transformar os grandes portais em grandes fortalezas seguras é transformar um grande mar livre em pequenas prisões domiciliares. Forçar o pagamento de pedágio para acessar condomínios fechados é restringir o acesso a bancos de dados feudais.

Instalar barreiras, quaisquer barreiras (dificuldades tecnológicas, operacionais, financeiras), vai frontalmente contra ao espírito da rede: que é o de multiplicar caminhos.

A rede baseia-se, sobretudo, no livre-fluxo de informações, na transparência da diversidade. Não se muda a natureza do que é volátil, do que é breve, do que nasceu para ser ágil.

Aliás, a grande diferença é que, enquanto os Portais entregam, as comunidade integram. Eis a visão ideológica que muda toda a visão de mundos.

[Escrito em 12/junho/1999]