E por falar em eleições...
... lembro deste poema de Martins Fontes, santista como eu:
O povo
[Martins Fontes]
O povo és tu, sou eu: nós somos povo.
E bendigamos a perfeita graça
de pertencer à multidão, à massa,
diante da qual me inclino e me comovo.
Dela é que há de surgir o mundo novo.
E partícula pessa populaça,
sinto que a persistência me espedaça,
mas do posto em que estou não me demovo.
Esqueço a Torre de Marfim da lenda.
E, a clarinar, me envolvo na contenda,
ressangrando as pedradas e os apodos.
Nada de caridade ou de piedade,
mas de união ou solidariedade,
sendo todos por um, sendo um por todos.
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