blog [FRACTOSCÓPIO] Rosy Feros

22 de outubro de 2002

Nossa era da Hiperinformação



Li um artigo interessante no JobUniverse sobre a nossa era de Hiperinformação, por Sálvio Padlipskas, aluno de mestrado do IPT/USP e Professor Titular da Fiap.

Apesar do artigo não apresentar, na minha opinião, informações novas, destaco do texto a idéia (vital e necessária), deixada pelo autor, de associarmos hiperinformação & humildade. Pois há que se ter humildade para se aprender coisas novas, deixando de lado saberes antigos que não nos servem mais. Há que se ter humildade para se re-aprender e assumir, cotidianamente, a velha máxima: "Só sei que nada sei".

Isto, sim, é interessante. Pois vai contra a idéia do mero acúmulo de idéias, apenas pelo prazer de satisfação anal-freudiana de acumular e reter informações. Vai contra a idéia do status de poder derivado do acúmulo de informações, do nariz arrebitado dizendo "eu sei mais".

Vai contra a idéia de que saberes são construídos de forma cumulativa, como os blocos que caem uns sobre os outros no famoso jogo Tetris... Na verdade, saberes não se acumulam, pois não são (ainda que às vezes pareçam) absorvidos de forma linear. Eles são associativos, intercoordenam-se, há um partilhamento contínuo e permanente de dados entre nossos neurônios para que o conhecimento, lato sensu, possa se desenvolver.





E, como toda coisa natural, os saberes (ou o grande complexo ao qual abstratamente denominamos conhecimento) desenvolvem-se, humilde e caoticamente.

NOTA: Se você quiser conhecer a história do mundialmente famoso jogo Tetris, visite The Tetris Saga e The Tetris Taxonomy (neste site você poderá, inclusive, refletir sobre os fundamentos espirituais do Tetris e a predestinação dos blocos).