blog [FRACTOSCÓPIO] Rosy Feros

28 de julho de 2003

Memória, tecnologia e transformação



"As novas tecnologias não decretam o fim da oralidade, mas abrem outras possibilidades para a socialização e a preservação da narrativa e uma possibilidade de garantir que essas narrativas sejam preservadas ­ e não só as que estão nos livros. Trata-se de descobrir como utilizar essas tecnologias". A afirmação é da educadora Zilda Kessel, do Museu da Pessoa ­ entidade que organiza em agosto, junto com o Sesc-SP, o seminário internacional "Memória, Rede e Mudança Social".

Zilda Kessel fala sobre as relações entre a educação, as tecnologias e a tradição oral nesta entrevista.

Leia mais sobre o Seminário no Job Universe.

18 de julho de 2003

Ruídos na comunicação



"O britânico Conselho de Pesquisas em Artes e Humanidades acaba de destinar 300 mil libras (cerca de R$ 1,4 milhão) à Universidade de Warwick para o estudo da influência que a tradução de notícias provoca em diversos países e nas relações internacionais. O assunto até então tem sido ignorado, mesmo com o aumento em informações e na interação entre países e culturas promovida pela internet."

O que se pretende investigar é como a tradução das notícias produzidas por agências internacionais, como Reuters ou Associated Press, influencia o conhecimento das pessoas: se há alguma interferência no processo de tradução, no sentido de corromper ou distorcer a notícia [o que provocaria ruídos na comunicação, já que a tradução atua como um "filtro" da informação], e qual o impacto social em quem recebe essas notícias traduzidas, diante de tantas diferenças lingüísticas e culturais no mundo.

FONTE: Boletim Agência FAPESP

Ciência em versos de cordel



"A evolução da pesquisa de reprodução animal no Brasil, desde a época do descobrimento, até o nascimento do primeiro animal clonado no país, a bezerra Vitória, é o tema do livro "Brasil – do descobrimento à Vitória", que está sendo lançado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e Embrapa Informação Tecnológica, unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento."

FONTE: Boletim Agência FAPESP

Brasil, do descobrimento à Vitória


O livro, que é dirigido ao público infanto-juvenil, foi escrito em versos pelo técnico da Empresa, Edvalson Bezerra Silva, em linguagem de cordel. O objetivo é divulgar ciência em linguagem simples, a fim de facilitar a compreensão do público em geral, especialmente de estudantes do ensino médio e fundamental.


17 de julho de 2003

O futuro da imprensa?



"O futuro da imprensa pode estar encerrado numa folha retangular de 6 cm x 4 cm, menor que um cartão de visitas, guardada a sete chaves num escritório em Cambridge, Massachusetts, nos Estados Unidos. Trata-se de um protótipo de papel eletrônico, com resolução similar à de um monitor de computador. Segundo o fabricante, ele pode ganhar o mercado a partir do ano que vem."

Protótipo de papel eletrônico


Leia o restante da notícia [se você é assinante UOL ou Folha de SP], divulgada pelo PublishNews.

Se você não assina o UOL nem a Folha de SP, veja matéria em inglês, "Digital paper gets closer to reality", no Yahoo!News.

Tecnologia e pedagogia



"Com o lançamento de seu livro Novas tecnologias no contexto educacional: reflexões e relatos de experiências (Ed. da Univ. Metodista, 199 pp., R$ 19), os professores Edna Maria Barian Perrotti e Jacques Vigneron se propõem a discutir a utilização das novas tecnologias aplicadas ao ensino nas instituições educacionais. Partindo do princípio de que as sociedades modernas estão tomando novos rumos devido ao impacto do uso de tecnologias cada vez mais avançadas, os professores procuram refletir sobre as mudanças ou revisões necessárias dos conceitos, métodos, recursos e paradigmas dos projetos pedagógicos nas diferentes instituições de ensino. Sua tese é de que as instituições não podem fechar os olhos às grandes mudanças motivadas pelos que dominam a tecnologia e precisam discutir o assunto."

FONTE: PublishNews

Novas tecnologias no contexto educacional


Veja o livro no site da Editora Metodista Digital e, se quiser, leia [em formato PDF] a sua Apresentação, escrita por Edna Maria Barian Perroti.

15 de julho de 2003

Blocos festeja 7 anos de atividade on-line



Blocos está comemorando sete anos [!] de atividades ininterruptas on-line, ajudando a promover a literatura brasileira e estrangeira neste nosso grande ciberespaço telemático.

Logo na abertura do site, há uma mensagem muito bonita de seus editores, Leila Míccolis & Urhacy Faustino, como editorial deste mês de Julho:

"Há sete anos entrávamos timidamente na Internet, com algumas páginas cinzas, sem fundo algum, feitas apressadamente por um pequeno provedor: junho de 1996 (...) Nestes sete anos, risos, decepções, alegrias, cansaços, emoticons de todas as naturezas estamparam-se em nossos rostos, diante da telinha... Um aprendizado singular e coletivo, nem sempre fácil, mas ininterruptamente exuberante."



Certamente os longos caminhos não são fáceis, pois para percorrê-los é necessário passar por muita coisa... experiências prazerosas e momentos difíceis, sofridos - mas sempre experiências. Afinal, é disto que vive [e revive] o homem.

Desejar felicidades à Blocos é, na verdade, desejar felicidades a cada pessoa que dela participa com seu quinhão, enriquecendo aquele pequeno-grande universo on-line literário que continua servindo de estímulo aos que consideram a literatura um motivo para a vida.

Redes de conhecimento livre



"A Internet, de redes e serviços telemáticos, passa a ser concebida pelos seus utilizadores como espaço de pesquisa de informação, de encontro e de partilha, ou seja, a Internet gera uma espacialidade inteiramente abstrata que é reforçada pelas metáforas de navegação e de site (lugar). Gera-se uma proximidade que nada tem a ver com a proximidade geográfica, mas sim com a proximidade representacional que promove a idéia de comunidade.

"(...) Com o ciberespaço, surge uma perspectiva totalmente nova, que já vem promovendo a construção de um novo espaço de relação, o espaço do saber. Neste espaço, as relações e as comunicações já não são necessariamente do tipo broadcasting (comunicação centralizada de um para muitos) mas descentrada, onde muitos se comunicam com muitos ao mesmo tempo. Ele permite a constituição de formas de organização econômica e social referenciadas na inteligência coletiva e na valorização do humano em sua variedade e diversidade: as redes."

Este é um pequeno trecho do artigo "Redes, conhecimento e software livre" escrito por Marco Almeida, Analista de Suporte da RITS. Artigo, por sinal, muito bom.

Jovens em rede



"Rádio, TV, Internet e jornal são as mídias que a Rede Jovem de Cidadania - lançada pela Associação Imagem Comunitária (AIC) - utiliza para difundir a cultura e as idéias de adolescentes de Belo Horizonte, Minas Gerais. As informações são produzidas por 54 meninos e meninas, de 15 a 18 anos, das nove regiões da cidade. Em breve, a Rede contará também com uma agência de notícias, que enviará boletins semanais para os grandes meios de comunicação."

Esta notícia, divulgada pela RITS - Rede de Informações para o Terceiro Setor, demonstra como se pode fazer bom uso das várias tecnologias de informação e comunicação [TIC], ou tecnologias telemáticas. São adolescentes reunidos em torno de um propósito comum: falar de seu estilo de vida, em todos os seus desmembramentos possíveis, abarcando todas as mídias possíveis, com o intuito de formar uma ampla rede de comunicação solidária juvenil.

Somos aquilo que vemos?



O Butão, um pequeno reino budista do Himalaia e último país no mundo [!] a assistir tv, começa a sentir dramaticamente os efeitos sociais desta prática moderna.

Como diz Marcos Sá Corrêa em seu artigo "Quem entende de TV é o Butão",

"O Butão nunca foi notícia. Fundado no século XVII por um monge tibetano e convertido a paraíso imaginário no século XX pelo escritor James Hilton como o Shangri-la da novela Horizonte Perdido, ele chegou ao século XXI com 700 mil habitantes que falam zongkha, usam uma moeda chamada ngultrum e só conheceram hospital público na década de 50. Mas, agora, quatro anos depois de inaugurar a televisão, eles têm resposta para tudo o que você queria saber sobre programas tipo Cidade Alerta e tinha vergonha de perguntar ao Olavo de Carvalho."

Corrupção, vandalismo, roubo, violência, desintegração familiar - práticas sociais anteriormente só vistas pela tv, agora fazem parte do cotidiano butanense. E isto começou a se evidenciar a partir de 1999, data da implantação de cinco grandes antenas parabólicas em Butão, que levaram à Shangri-lá de James Hilton não só a tv como também a internet.

Leia o artigo completo e saiba mais sobre o estilo de vida de Butão.

"Brazil: Além do Cidadão Kane" completa 10 anos



O documentário "Muito Além do Cidadão Kane", dirigido por Simon Hartog e produzido pela rede inglesa BBC, está completando dez anos, embora continue inédito no Brasil e muita gente absolutamente desconheça sua existência.

Simon Hartog, um dos mais polêmicos diretores da velha escola britânica de documentários, mostra nesta produção os bastidores da criação das Organizações Globo e sua transformação em um poderoso império de mídia.

Tendo como personagem principal Roberto Marinho, considerado popularmente como o "grande-todo-poderoso" da Globo, o documentário traça um paralelo entre a sua vida e a de Charles Foster Kane, um magnata que é principal personagem do filme "Cidadão Kane", criado por Orson Welles em 1941.

Filme


Filme


Exibido pela primeira vez em 1993, pelo Channel 4 britânico, este trabalho é um verdadeiro documento histórico, pois mostra o envolvimento da TV Globo durante o período da ditatura militar no Brasil e revela, entre outras coisas, de que forma a edição de um debate televisivo entre Lula e Collor ajudou Collor a vencer as eleições presidenciais de 1989.

O fato é que a grande maioria dos brasileiros não teve a oportunidade de assistir a este documentário - com excessão daqueles que tiveram acesso às várias cópias piratas que circularam vorazmente no "underground" acadêmico da época. Para fortalecer esse processo de desinformação pública, o documentário ainda permanece [oficialmente] inédito no Brasil devido a vários e recorrentes artifícios jurídicos usados por advogados da Globo.

Para quem dispõe de banda larga e quiser assistir ao documentário sobre a Globo, pode encontrá-lo disponível em algumas "videotecas" na Internet, sob o título "Beyond Citizen Kane".

É a internet deixando espaço livre para a democratização da informação.

FONTE: VIDEOTEXTO.TV

14 de julho de 2003

Madonna canta Hollywood



Hollywood Everybody comes to Hollywood
They wanna make it in the neighbourhood
They like the smell of it in Hollywood
How could it hurt you when it looks so good?
Shine your light now
This time it's got to be good
You get it right now
Cause you're in Hollywood


There's something in the air in Hollywood
The sun is shining like you knew it would
You're riding in your car in Hollywood
You got the top down and it feels so good


Everybody comes to Hollywood
They wanna make it in the neighbourhood
They like the smell of it in Hollywood
How could it hurt you when it looks so good?


I lost my memory in Hollywood
I've had a million visions bad and good
There's something in the air in Hollywood
I tried to leave it but I never could


Shine your light now
This time it's got to be good
You get it right now yeah
Cause you're in Hollywood


There's something in the air in Hollywood
I've lost my reputation bad and good
You're riding in your car in Hollywood
You got the top down and it feels so good


Music stations always play the same songs
I'm bored with the concept of right and wrong


Everybody comes to Hollywood
They wanna make it in the neighbourhood
They like the smell of it in Hollywood
How could it hurt you when it looks so good?


Shine your light now
This time it's got to be good
You get it right now yeah
Cause you're in Hollywood [3x]
In Hollywood [3x]


Check it out
This bird has flown


Shine your light now
This time it's got to be good
You get it right now yeah
Cause you're in Hollywood [3x]
In Hollywood [3x]


Push the button
Don't push the button
Trip the station
Change the channel [4x]


2003 WB Music Corp/Webo Girl Publishing, Inc. Admin by WB Music Corp. ASCAP/1000 Lights Music Ltd.



Hollywood (tradução)



Todo mundo vem pra Hollywood
Eles querem se dar bem no pedaço
Eles gostam do cheiro disso em Hollywood
Como algo pode te magoar se parece tão bom?


Ponha sua luz para brilhar
Agora tudo vai ser bom
Você vai ter tudo em um instante
Porque você está em Hollywood


Tem alguma coisa no no ar em Hollywood
O sol está brilhando do jeito que você achou que brilharia
Você está dirigindo seu carro em Hollywood
Você se sente o máximo, você se sente bem


Todo mundo vem pra Hollywood
Eles querem se dar bem no pedaço
Eles gostam do cheiro disso em Hollywood
Como algo pode te magoar se parece tão bom?


Eu perdi minha memória em Hollywood
Vi as coisas de milhares de formas, boas e más
Tem alguma coisa no no ar em Hollywood
Já tentei ir embora, mas não consigo


Ponha sua luz para brilhar
Agora tudo vai ser bom
Você vai ter tudo em um instante
Porque você está em Hollywood


Tem alguma coisa no no ar em Hollywood
Eu perdi minha reputação boa e má
Você está dirigindo seu carro em Hollywood
Você se sente o máximo, você se sente bem


As rádios tocam as mesmas músicas de sempre
Estou de saco cheio com os conceitos de certo e errado


Todo mundo vem pra Hollywood
Eles querem se dar bem no pedaço
Eles gostam do cheiro disso em Hollywood
Como algo pode te magoar se parece tão bom?


Ponha sua luz para brilhar
Agora tudo vai ser bom
Você vai ter tudo em um instante
Porque você está em Hollywood


Dá uma olhada,
Esse passáro já voou


Ponha sua luz para brilhar
Agora tudo vai ser bom
Você vai ter tudo em um instante


Porque você está em Hollywood

Aperte o botão,
Não aperte o botão
Mude a estação
Troque o canal [4x]




Leia matéria escrita por Erika Palomino, "Novo clipe de Madonna brinca com imagens de glamour", em que ela fala do polêmico clipe de "Hollywood".

Hollywood, "shine your light now"



Li no BlueBus:

"O letreiro onde le-se Hollywood, erguido nas montanhas de Los Angeles, completou 80 anos ontem. Foi construido, originalmente, como anuncio do loteamento de Hollywoodland e algum tempo depois teve as suas últimas 4 letras retiradas. A paisagem se tornou um simbolo da indústria do entretenimento."

Leia a matéria original da BBC, "Red letter day for Hollywood sign", à qual o BlueBus faz referência.



Já que Hollywood está em época de festas, aproveite para assistir ao videoclipe da música "Hollywood", em formato QuickTime, e veja o que Madonna tem a dizer sobre a cidade das estrelas, em seu mais recente álbum "American Life".

Divulgação científica [2]



E, já que estamos falando do papel da divulgação científica, para quem se interessa pelo tema vale conhecer um estudo experimental do qual Mônica Macedo-Rouet participou: "Reading and understanding a science report through paper and hypertext" [texto disponível em formato pdf].

Este trabalho, que em suma mostra como usar a tecnologia para comunicar ciência, foi apresentado no PCST-7 [7th International Conference on Public Communication of Science and Tecnology"] na África do Sul em 2002.

A tão decantada divulgação científica



Um interessante artigo escrito por Mônica Macedo-Rouet, "Divulgação científica na Internet: mais e melhores fontes?", publicado na revista ComCiência mostra como está o quadro atual da divulgação científica na rede, comentando que há mais quantidade do que qualidade e lançando questões importantes a respeito de quem produz e quem divulga informação.

Toca na ferida do tão decantado "jornalismo científico", que muitas vezes apenas reproduz notícias recebidas diretamente de grandes fontes, como os famosos periódicos Nature ou Science. Como mais de uma vez foi comentado neste blog, também penso que o exercício jornalístico não deveria ser apenas o de reproduzir matérias pré-existentes, coletadas de fontes consideradas "fidedignas". Afinal, penso que a proposta da comunicação jornalística é de agregar valor à informação, a fim de realmente fazer a diferença neste imenso oceano de dados em que vivemos mergulhados.

Informação por informação, tanto faz a fonte. Qualquer um, hoje, tem acesso a tantas fontes de notícias que o que importa é extrair valor de tudo o que percebido. O que faz a diferença é comentar a notícia, agregar uma real opinião e não apenas um simples comentário do tipo "gostei/não gostei", "concordo/não concordo". Muitas vezes é necessário "traduzí-la" para simplificá-la, para torná-la acessível ao suposto leitor médio-comum.

Em vista disto, o jornalismo científico teria então uma responsabilidade ainda maior, ou mais complexa. Em se tratando de ciência, e levando em conta as dificuldades inerentes do processo de transformar importantes conceitos e descobertas científicos em matérias palatáveis ao leigo [isto é, cada um de nós], a mera reprodução de matérias pré-prontas emitidas pelas fontes científicas, ainda que altamente confiáveis, seria um crime. Pois se estaria colocando a responsabilidade da comunicação nas mãos dos próprios cientistas, que nem sempre são [ou quase nunca são] os mais entendidos nesta matéria.

E o que é vital destacar: os jornalistas, agindo como reprodutores de informação científica, estariam deixando escapar das mãos a valiosa oportunidade de, eles próprios, realizarem a mediação entre leigos & cientistas. Uma vez que a ciência visa, em última instância, sair de seus feudos acadêmicos e alcançar a própria sociedade, os veículos de comunicação social têm uma importância fundamental nesse processo de mediação.

O que, afinal, falta ao jornalismo científico? Jornalistas que se interessem mais por ciência? Jornalistas que se dediquem mais ao estudo e acompanhamento das constantes inovações científicas?

Não sei realmente o que falta, mas fico espantada ao ver uma oportunidade tão rica quanto esta ser desperdiçada. É por este e outros motivos que este blog, humildemente, tem o intuito de também falar de ciência.

7 de julho de 2003

São Paulo ganha novo parque tecnológico



Segundo a Agência de Notícias da FAPESP, a cidade de São Paulo terá em alguns meses um novo modelo de parque tecnológico, o São Paulo Parq Tec, a ser construído numa área de 30 mil metros quadrados no campus do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), na Universidade de São Paulo (USP).

Segundo a Agência, o objetivo do parque "é reunir empresas de diferentes áreas, como telecomunicações, tecnologia da informação, agricultura, farmacêutica e governamental. Basta ter um projeto inovador com características empreendedoras."

Cláudio Rodrigues, membro do comitê consultivo do Instituto Uniemp e superintendente do Ipen, diz que “A idéia é criar um núcleo empresarial para estimular a inovação brasileira. Assim, criaremos a estrutura necessária para o desenvolvimento da empresa que nasce a partir da incubadora”. Ainda, segundo ele, “Hoje, muitas empresas nascem das incubadoras e não conseguem se adaptar ao mercado. O parque tecnológico oferecerá toda essa estrutura”

Qualquer semelhança com o Petrópolis-Tecnópolis é mera coincidência? ;-)

Cyberpsicologia



Muito interessante a nova coluna do Vya Estelar sobre Cyberpsicologia - Informações para lidar de forma saudável com a Internet e a informática.

Já falei aqui neste blog a respeito dessa coluna [em post de 5/jun/2003], mantida pelo NPPI - Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP. Mas como acho que nunca é redundância falar de novo sobre trabalhos bons, recomendo novamente a sua leitura.

O texto mais recente trata de Matrix Reloaded: A relação entre o homem e as máquinas. Para quem quiser conhecer mais o trabalho da equipe do NPPI, veja o arquivo das colunas anteriores.

5 de julho de 2003

Candidato democrata cria blog



Deu no Blue Bus:

"Candidato a vaga democrata nas eleições americanas de 2004, Howard Dean está apoiando sua campanha na Internet mais do que qualquer outro politico que tenha concorrido a presidência dos EUA. Já levantou US$ 4 milhões através da Web, dos quais US$ 800 mil apenas na 2a feira. A campanha de Dean, médico e ex-governador de Vermont, inclui um blog, alerts enviados para aparelhos wireless e o site Meetup.com, que ajuda seus eleitores a organizar eventos no 'mundo real'. A noticia é da CNet, em inglês, aqui."

2 de julho de 2003

Moradora de rua carioca bate papo on-line


RICARDO WESTIN

Li esta matéria na Folha de S.Paulo e achei simplesmente incrível:

"É sagrado. Todos os dias, durante o intervalo para o almoço, Maria Lúcia Eugênio deixa a limpeza do prédio onde funciona um dos projetos sociais da Vila Olímpica da Mangueira (zona norte do Rio) e vai para a sala de informática dedicar-se a navegar na internet, seu passatempo favorito.

Mesmo iniciante no mundo dos computadores, Maria Lúcia, 52, fica à vontade ao lado dos adolescentes que ocupam os outros cinco micros batendo papo on-line, ou seja, fazendo o mesmo que ela.

"Não tem nada mais gostoso." Ela diz que ficava curiosa observando as aulas de informática enquanto varria as salas e decidiu aprender a mexer "no bicho".

Desde então, Maria Lúcia não se importa de usar mais da metade do seu horário de almoço para visitar salas de bate-papo e ler o resumo das novelas da semana no site de uma emissora de televisão. (...)" Leia mais.

>> Periferia de São Paulo também se encontra na internet
>> Crianças de favela em Belo Horizonte navegam na internet

Acessibilidade, tecnologia da informação e inclusão digital



Segundo o boletim da RETS, a Revista do Terceiro Setor, a Faculdade de Saúde Pública da USP realizará em São Paulo, de 23 a 25 de setembro, o II Seminário e I Oficina ATIID, "Acessibilidade, Tecnologia da Informação e Inclusão Digital".

Um dos objetivos do seminário é contribuir para a divulgação e discussão de políticas, programas e ações de integração relativos à sociedade da informação e aos cidadãos com deficiências e/ou excluídos economicamente.

O que eu achei interessante foi a divisão em três temas, cada uma com sua definição específica: acessibilidade, tecnologias eletrônicas e de informação e inclusão digital.

Vale a pena também conhecer, além de todos os outros links deste post, a bibliografia recomendada por eles, em português, espanhol e inglês.

Blog-se quem puder



Li esta notícia no Meio & Mensagem Online:

"O Comunique-se lançou o Blog-se, que reúne páginas assinadas por profissionais da imprensa. Através de uma ferramenta simples, os jornalistas podem criar e manter um blog pessoal ou convidar um grupo de "coleguinhas" para participar de um blog colaborativo, em que todos os convidados podem inserir textos."

Mas, como assim, "coleguinhas"?! Por que as pessoas da mídia tradicional ainda insistem em ver os blogs sob essa perspectiva aparentemente adolescente?

Se eles consideram os blogs assim tão importantes, a ponto de incentivar a sua criação entre jornalistas, penso que poderiam desenvolver outros níveis de percepção daquilo que já foi um dia taxado de "fenômeno" e que hoje é moeda corrente, no fluxo de informações da rede.

Taí uma forma sutil de se colocar em descrédito algo que se julga importante e digno de crédito...