blog [FRACTOSCÓPIO] Rosy Feros

23 de novembro de 2001

O computador feito de DNA



Um computador feito de biomoléculas, inspirado na natureza. Tão poderoso quanto microscópico, construído com moléculas de DNA e um trilhão dele cabem em um único tubo de ensaio. Capaz de executar um bilhão de operações por segundo, com 99,8% de precisão.

Este é o novo computador criado por cientistas israelenses, o único em que tanto hardware quanto software são feitos de organismos vivos. Input e output orgânicos.

Depois desta experiência, e lembrando de outras experiências com computadores que simulam nossa rede neural, podemos ainda considerar os computadores "máquinas frias" e "sem alma"? E mais: podemos chamar estas máquinas biológicas, ainda, de "computadores"? Este conceito parece ter ficado estreito demais.

Enquanto organismos vivos, baseados no DNA, essas máquinas já possuem em essência uma forte equivalência conosco. Já não são mais mero arremedo do pensamento matemático humano, simulando os raciocínios de nosso hemisfério cerebral esquerdo. Estamos próximos de criar a máquina que pensa, cria e age conforme a caoticidade do comportamento humano?



Coincidentemente, hoje recebo a seguinte frase do teólogo Leonardo Boff, que vale como pensamento do dia:

"A natureza é sábia. Quando o caos se instala, simultaneamente emergem forças que transformam a desordem em nova ordem. Efetivamente, por todas as partes está surgindo uma nova benevolência com tudo que vive, e iniciativas regeneradoras estão sendo estimuladas. Elas, pela veneração e pelo cuidado, vão salvar vidas e garantir um futuro para a Terra."
[Leonardo Boff, em entrevista para Revista Bons Fluídos, n° 23]

Leia mais sobre o computador biológico feito de DNA na coluna Parabólica, do C@t.