blog [FRACTOSCÓPIO] Rosy Feros

5 de junho de 2003

A ciberpsicologia dos jogos on-line



"As paredes escuras e úmidas tornam o ambiente mais frio. Ouço passos. Ainda em busca de um kit médico, me escondo. Alguém passa apressadamente. Ouço a explosão na sala ao lado. Ele foi atingido por granadas, talvez morto. Fico apreensivo em sair de meu esconderijo - há muitos outros como eu aqui, todos querendo manter-se vivos e ganhar. Mas não tenho chance, fraco e machucado como estou, mesmo que permaneça escondido.

"Saio correndo, desesperadamente. Posso ouvir nitidamente minha respiração ofegante. Entro por um corredor repleto de vitrais. As imagens não podem me chamar a atenção, pois a adrenalina e o medo impedem qualquer tipo de contemplação. Eis que ali, abaixo da abóbada, surge o kit que procurava. Recupero-me rapidamente e lembro que preciso achar uma arma mais eficiente."

Parece um conto policial ou de suspense, mas não é. Na verdade, trata-se de um relato do psicólogo Paulo Lopes depois de jogar Quake, num artigo assinado pelo NPPI [Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC-SP].

Pânico no Labirinto - Jogando Quake em Rede , publicado na Seção Cyberpsicologia do site Vya Estelar, é leitura fortemente recomendada! :-)